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domingo, maio 15, 2016

O Encontro Do Movimento Algarve Livre De Petróleo Com O Senhor Primeiro-Ministro António Costa

Sobre o meu encontro de ontem enquanto representante do MALP (Movimento Algarve Livre de Petróleo) com o senhor Primeiro-Ministro António Costa aqui ficam as minhas impressões. A reunião começou com o senhor Primeiro-Ministro a responder a Laurinda Seabra da AASMA sobre a exploração de hidrocarbonetos e a conduzir a sua resposta na direcção da actuação governamental junto da Procuradoria-Geral da República para travar os contratos em terra. Ao perceber a ênfase que o senhor Primeiro-Ministro estava a dar ao onshore interpelei-o para lhe dizer que a nossa causa ia muito para lá do onshore (exploração em terra) ao que imediatamente o deputado do PS eleito pela região do Algarve (José Apolinário, actualmente Secretário de Estado das Pescas) de forma autocrática me interrompeu para me dizer que não podia interromper o senhor Primeiro-Ministro. Respondi ao senhor Secretário de Estado que me estava a interromper e que estava ali como representante de um movimento social em nome de uma causa para dizer o que penso. A partir daí outros membros da comitiva tomaram a palavra e aguardei serenamente para o fim para entregar a carta com as reivindicações da PALP (Plataforma Algarve Livre de Petróleo) e para lhe dizer de forma determinada que não vamos aceitar a exploração de petróleo e gás natural em mar e em terra, nem nos interessa os métodos de extração do gás a serem utilizados. Não queremos, ponto. Esta foi a mensagem. O senhor Primeiro-Ministro teve a amabilidade de nos receber o que é de valorizar mas de facto não nos deu resposta nenhuma e a sensação com que fiquei é que estava todo o staff do PS muito mais interessado em mitigar os impactos mediáticos do protesto do que em ouvir genuinamente as preocupações dos manifestantes que lutam por um Algarve Livre de Petróleo e Gás. Portanto, só nos resta um caminho, continuar a exigir o fim da exploração de hidrocarbonetos (em mar e em terra) da forma determinada como o temos feito até aqui. Uma última palavra para o senhor Secretário de Estado, José Apolinário, é lamentável que um Secretário de Estado que nunca abriu a boca em quatro anos de vandalismo austeritário em que a direita radical ia destruindo o Algarve e o país seja o primeiro a retirar-me o uso da palavra quando cordialmente ia interpelar o senhor Primeiro-Ministro. Não, senhor Secretário de Estado, não vivemos numa Monarquia Feudal, o senhor está mal habituado.

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