MALP – Movimento Por Um Algarve Livre De Petróleo
5º Comunicado de Imprensa
Na sequência da primeira sessão do ciclo de debates promovido pelo Movimento Por Um Algarve Livre de Petróleo (MALP) intitulado "A exploração de petróleo e gás natural no Algarve: Tornar o oculto visível" cujo orador principal foi Paulo Rosário Dias, coordenador regional do Algarve do MPT – Partido da Terra, o MALP faz saber que se ficou a conhecer através das palavras do nosso orador convidado a verdadeira natureza contratual que concessionou as actividades de pesquisa e exploração de petróleo e gás natural no Algarve e ficou demonstrado que os contratos assinados, são de facto, do ponto de vista da segurança, das garantias, dos riscos e mesmo das contrapartidas económicas para o“Estado Português de Lisboa”, para utilizar uma expressão de Paulo Rosário Dias, um desastre para a região e para o país.
Estiveram presentes no debate um público de características marcadamente heterogéneas com destaque para a presença de membros de organizações ambientais, empresários ligados ao turismo, professores da Universidade do Algarve e conhecidos membros de partidos políticos da região. O debate vivo e interessante pôs em confronto os argumentos daqueles que confundem desenvolvimento com crescimento e que são favoráveis à exploração de petróleo na região do Algarve, menorizando os perigos associados e os defensores de um verdadeiro desenvolvimento sustentável que vêem uma enorme incompatibilidade entre a exploração de petróleo na costa marítima do Algarve e o bem estar económico, social e ambiental das populações que aqui residem.
No final do debate saiu reforçada a ideia que a exploração de petróleo traz associada a si várias ameaças preocupantes, merecendo por isso o empenho e a melhor atenção de todos os algarvios em proteger o desenvolvimento sustentável da sua região. O sucesso deste primeiro debate reforçou as nossas convicções de que o Movimento Por Um Algarve Livre De Petróleo está no caminho certo quando defende a incompatibilidade total da exploração de hidrocarbonetos na costa do Algarve com uma qualquer ideia de “turismo sustentável”.
O caminho para o futuro da região passa pela aposta na valorização da sua extraordinária biodiversidade e por uma crescente exigência na busca do equilíbrio entre as dimensões económicas, ambientais e sociais do desenvolvimento. A exploração do Petróleo não cabe nesta harmonia. Os erros do passado associados à monocultura do turismo e à excessiva dependência da actividade turística não se corrigem acrescentando novos erros que mais não irão fazer do que hipotecar o futuro das jovens gerações.
Loulé, 5 de Junho de 2012
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