O que resta do Antigo Parque Municipal de Loulé
Este verão não fiz footing no parque como sempre fiz todos os verões desde mais tenra idade. Este verão não tenho nenhum parque, jardim ou qualquer outro espaço minimamente verde, em Loulé, onde possa jogar com os meus filhos à bola ou simplesmente levá-los a um sítio onde possam livremente brincar. Este verão não desci a Praça da República à sombra das suas magnificas árvores. Este verão não fui ao cinema em Loulé pois não há um cinema em Loulé. Este verão não bebi um café na esplanada do calcinha porque não gosto de cenários de guerra. Este verão não fiz. Fiz outras coisas é óbvio. Mas quem se rala?
Quem assim fala diz o que lhe vai na alma defendendo os interesses de todos os louletanos mesmo os que não dão por nada. Palma
ResponderEliminarLi num dos outros blogs louletanos o seu texto e dikgo que é verdade tudo isto. Estas obras foram além de duvidoso gosto colocadas em execução sem pensar nos louletanos ?
ResponderEliminarLurdes
É assim a nossa terra. Quando as obras terminarem deitam foguetes 90 dias e organizam dez noites brancas do Gelado Rajá. Telmus
ResponderEliminarMeu querido amigo; é um sentido e verdadeiro texto aquele que aqui apresentas. Não me surpreende pois de há muito assim me habituaste. Temo por ti, por mim e pela Cidade, isso sim, que dificilmente será a mesma depois desta fúria novo-riquista e irresponsável que, aos próprios autores, está a deixar os cabelos em pé.
ResponderEliminarForça e coragem João, o futuro escrever-se-à com os lamentos expressos, hoje, nos blogues!
Nem imagina, quem nos lê, as pressões que sofremos por expressar publicamente (na Net) aquilo que pensamos; nem sonha de que raiva nascem os textos que lhes oferecemos na esperança que ajudem a mudar esta triste realidade e salvar o futuro.
Resta-nos a consolo da memória, se existir!
"Cenário de guerra". Expressão feliz para descrever a desolação da cidade de Loulé devido à destruição das árvores...
ResponderEliminarQuem se senta no Calcinha tem na sua frente um cenário de catástrofe. É verdade que a Calçada vai ser alargada, mas a sombra das suas árvores abatidas, jamais nos darão a frescura de outros dias. Louletano incomodado
ResponderEliminarJoão,
ResponderEliminarEnquanto portuguesa, por sinal nascida quase no lado vertical oposto (Minho), não consigo ficar indiferente ao teu texto tão intimista cujas palavras doloridas são o reflexo da angústia dos louletanos (personificada em ti) perante a insensibilidade venal com que a grande parte das autarquias ( a que tu e muito bem chamas de colonizadores)olha para os problemas ambientais(e não só) dos seus munícipes.
"Olheira" do teu blog, tenho verificado que o abate das árvores é uma constante na política da autarquia, apesar da tua permanente postura de alerta da população e de denúncia dos atentados perpetrados contra a tradição ambiental e cultural de Loulé.
Infelizmente, João, não é caso único. Por este país fora, assistimos diariamente à destruição de espaços e de tradições que fazem parte do imaginário colectivo e da identidade de um Povo.
Na verdade, a grande maioria dos nossos autarcas, à imagem e semelhança dos nossos governantes do Poder Central, pouco ou nada devem saber da cultura tradicional e ambiental do seu país… e também não querem saber… ... Os interesses do "asfalto" falam mais alto.
Caro João,
ResponderEliminarO presente é mau e o futuro não será melhor. Toda a profunda movimentação de solos, e consequente destruição de sistemas radiculares, afectará a saúde destas árvores do parque, diminuindo a sua longevidade e, infelizmente, levando à necessidade de abater algumas delas, não o duvido, daqui a algum tempo.
Sobretudo se, os condicionalismos meteorológicos, propiciarem diversas situações de stress hídrico extremo.
Estas intervenções deveriam ter sido pensadas e planeadas com a ajuda de especialistas, de modo a garantir um impacto mínimo na vegetação do parque. Do mesmo modo, no caso das árvores cujas raízes foram afectadas, haveria necessidade de reduzir um pouco as copas, como forma de compensar a destruição desse mesmo sistema radicular que, uma vez amputado, terá dificuldade em suprir a água e os nutrientes a esse volume de copa.
Cumprimentos.
Ora cá temos uma opinião de alguém que está por dentro do assunto.O Pedro Nuno veio acender mais umas luzinhas nas nossas cabeças que apenas sabem que as coisas não deveriam ser feitas desta maneira mas nãotêm conhecimentos para dizer como deveria. Obrigado amigo. Fernando Millo
ResponderEliminarCaros amigos Palma, Lurdes, Telmus, Almeida, Lua Cunha, Jorge, Pedro e todos os outros que tiveram a amabilidade de comentar o post, saúdo as vossas intervenções pois que é, neste caso, da força de muitos que a razão poderá sair vencedora. Entretanto as árvores da cidade vão desaparecendo e as que de novo vão sendo plantadas demoram anos bem longos a crescer. Nunca uma intervenção no património natural, em zonas com o simbolismo da Avenida José da Costa Mealha, da Praça da República e do Parque Municipal de Loulé, se poderiam fazer à revelia da sensibilidade dos cidadãos que habitam a cidade. Esta é também uma luta pela democracia participativa. Que em Loulé tarda em chegar.
ResponderEliminarAbraços para todos
João Martins