Sinopse
Melhor do que qualquer outra imagem, a menina da capa, desenhada por Paula Rego, ilustra a forma como me sinto defronte do Estado Português. Ele, o Estado, é o bicharoco peludo, de cabeça angélica sobre um corpo disforme, de onde saem braços tentaculares; eu, a menina de meias até ao joelho e colarinho bem comportado, olhando, frágil e assustada, para o animal. Não é tanto a dimensão do bicho que me aterra, mas a ideia de que alguém, papão ou instituição, me possa prender numa rede de onde eu seja incapaz de fugir.
Nota: Comprei as Visitas ao Poder, de Maria Filomena Mónica, por quatro euros, ontem à tarde em Lisboa e já cansado, de regresso no autocarro, ia devorando o livro durante o tempo da viagem. É talvez a escrita feminina mais perspicaz da sociedade portuguesa. Espírito livre, clareza de ideias, escrita envolvente. Já tinha sido absorvido pelo seu Bilhete de Identidade. Há nela qualquer coisa do Eça. O maior de sempre.
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domingo, outubro 31, 2010
Leituras
Faço da vida um caminho em que a felicidade está nas pequenas grandes coisas que o mundo nos permite desfrutar.
"Carpe Diem"
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