A propósito do amável comentário que deixaste, no outro dia, num texto da Árvores de Portugal, sobre rolagem de árvores no Cacém...
A questão da manutenção das árvores ornamentais, no nosso país, pode ser vista, a meu ver, sob duas perspectivas.
Assim, em primeiro lugar, pode-se argumentar que falta legislação; legislação que impeça, por exemplo, que qualquer empresa, sem técnicos qualificados, possa podar uma árvore em espaço público. Igualmente, faltam, nas nossas cidades, planos de arborização, ou seja, linhas orientadoras que indiquem quais as melhores espécies a plantar em função das características do local. Porque os problemas, com as árvores, evitam-se na hora de seleccionar a espécie, e o número de exemplares, a plantar.
No entanto, sem querer menorizar os aspectos anteriores, mudar as leis, ou criar novas, de nada serve se a mentalidade das pessoas, face às árvores, não se alterar.
Vivemos num país onde, segundo vários especialistas, vigoram algumas das melhores leis de protecção da natureza no espaço europeu. Mas num país onde desrespeitar as leis é um modo de vida (a começar, muitas vezes, pelo próprio Estado que as criou), a existência de legislação, por si só, é insuficiente.
Enquanto a maioria das pessoas desprezar as árvores e não compreender a sua importância nas cidades, todos os nossos esforços serão em vão. É uma batalha de gerações mas, acredito, só assim se poderá vencer, um dia, esta guerra: educar os mais novos no amor pelas árvores! Pessoalmente, confesso, já desisti dos mais velhos…
O que se está a passar em Loulé, apesar de tudo, poderia ter (ou pode vir ainda a ter) um lado positivo. A criação de um movimento de indignação popular que pudesse obrigar o poder político a alterar a sua forma de actuação face ao património arbóreo. Uma vitória destas, em Loulé, seria o início de um processo longo, mas ainda assim um início, de algo que poderia servir de exemplo ao resto do país.
O exemplo determinado dos moradores da Rua Gonçalo de Carvalho, em Porto Alegre, estou certo, tem inspirado muitas lutas nessa cidade e mesmo noutros locais do Brasil. Portugal precisa de um exemplo destes, é preciso mostrar às pessoas que, nas cidades, é possível, e desejável, conviver com as árvores.
Abraço.
P.S. - Espero que nos possamos conhecer, amanhã, na palestra sobre plantas invasoras e trocar, pessoalmente, algumas ideias sobre o que se passa em Loulé.
Caro Pedro Santos; não desista dos mais velhos... tanto eles como as novas gerações, precisam de ser alertados para a perseveração da Natureza. Sensibilizar e educar é preciso. Somos poucos é certo, no futuro, seremos muitos. L.F.
Infelizmente por motivos profissionais não vou poder estar. Teremos concerteza uma próxima oportunidade de beber um café e bater uma papo. Boa palestra!
Lamento que, uma vez mais o João não possa, fisicamente, estar presente. Tudo farei por aparecer depois das 16h com a segunda turma da tarde... será a única forma de poder ir à conferência! A hora marcada (15H)é mesmo para funcionário com despensa de serviço!!!
Caro Amigo:
ResponderEliminarRespondi ao seu amável comentário. Aguardo a sua reação, já que parece que temos pontos de vista com algumas diferenças.
Um abraço
L.A.
Caro João,
ResponderEliminarA propósito do amável comentário que deixaste, no outro dia, num texto da Árvores de Portugal, sobre rolagem de árvores no Cacém...
A questão da manutenção das árvores ornamentais, no nosso país, pode ser vista, a meu ver, sob duas perspectivas.
Assim, em primeiro lugar, pode-se argumentar que falta legislação; legislação que impeça, por exemplo, que qualquer empresa, sem técnicos qualificados, possa podar uma árvore em espaço público. Igualmente, faltam, nas nossas cidades, planos de arborização, ou seja, linhas orientadoras que indiquem quais as melhores espécies a plantar em função das características do local. Porque os problemas, com as árvores, evitam-se na hora de seleccionar a espécie, e o número de exemplares, a plantar.
No entanto, sem querer menorizar os aspectos anteriores, mudar as leis, ou criar novas, de nada serve se a mentalidade das pessoas, face às árvores, não se alterar.
Vivemos num país onde, segundo vários especialistas, vigoram algumas das melhores leis de protecção da natureza no espaço europeu. Mas num país onde desrespeitar as leis é um modo de vida (a começar, muitas vezes, pelo próprio Estado que as criou), a existência de legislação, por si só, é insuficiente.
Enquanto a maioria das pessoas desprezar as árvores e não compreender a sua importância nas cidades, todos os nossos esforços serão em vão. É uma batalha de gerações mas, acredito, só assim se poderá vencer, um dia, esta guerra: educar os mais novos no amor pelas árvores! Pessoalmente, confesso, já desisti dos mais velhos…
O que se está a passar em Loulé, apesar de tudo, poderia ter (ou pode vir ainda a ter) um lado positivo. A criação de um movimento de indignação popular que pudesse obrigar o poder político a alterar a sua forma de actuação face ao património arbóreo. Uma vitória destas, em Loulé, seria o início de um processo longo, mas ainda assim um início, de algo que poderia servir de exemplo ao resto do país.
O exemplo determinado dos moradores da Rua Gonçalo de Carvalho, em Porto Alegre, estou certo, tem inspirado muitas lutas nessa cidade e mesmo noutros locais do Brasil. Portugal precisa de um exemplo destes, é preciso mostrar às pessoas que, nas cidades, é possível, e desejável, conviver com as árvores.
Abraço.
P.S. - Espero que nos possamos conhecer, amanhã, na palestra sobre plantas invasoras e trocar, pessoalmente, algumas ideias sobre o que se passa em Loulé.
Caro Pedro Santos; não desista dos mais velhos... tanto eles como as novas gerações, precisam de ser alertados para a perseveração da Natureza. Sensibilizar e educar é preciso. Somos poucos é certo, no futuro, seremos muitos. L.F.
ResponderEliminarOlá Pedro,
ResponderEliminarInfelizmente por motivos profissionais não vou poder estar. Teremos concerteza uma próxima oportunidade de beber um café e bater uma papo. Boa palestra!
Abraço
João Martins
Lamento que, uma vez mais o João não possa, fisicamente, estar presente. Tudo farei por aparecer depois das 16h com a segunda turma da tarde... será a única forma de poder ir à conferência!
ResponderEliminarA hora marcada (15H)é mesmo para funcionário com despensa de serviço!!!