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domingo, dezembro 28, 2008

Sonhos de fim de ano

Há muito tempo que não me lembrava do que sonhei durante a noite. Os sonhos desta noite oscilaram entre o paraíso e o pesadelo.

1. O primeiro sonho que tive teve que ver com a aplicação da justiça em Portugal e levou-me ao paraíso. Fiquei a saber que a justiça funciona, mesmo, de olhos vendados.

"O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, garantiu ontem que as investigações criminais em Portugal decorrem com isenção, independentemente da condição social, poder económico ou cargo ocupado pelos suspeitos. Pinto Monteiro garantiu ainda que não existe qualquer distinção em relação a políticos ou não políticos. "Se há alguma coisa que é prioritária para o actual procurador-geral da República, é o fim do sentimento de impunidade", disse Pinto Monteiro em declarações à Lusa. Em tom peremptório, o procurador garantiu ainda que "as investigações fazem-se independentemente da condição social, poder económico ou cargo ocupado". "Não há distinção entre políticos ou não políticos, mas tão-só entre ilícitos e não ilícitos. A lei é igual para todos", assegurou."
in http://jornal.publico.clix.pt/magoo/noticias.asp?a=2008&m=12&d=27&uid=&id=289420&sid=56658

Sonhei também que o primeiro passo e o mais importante para resolver um problema é reconhecer que ele existe. Ora aqui não há problemas com a aplicação da justiça. Ela funciona de forma perfeita. A justiça em Portugal é o paraíso. Ela funciona de igual forma para ricos e pobres. Abençoada justiça. Não há problema a resolver e portanto, tudo gira sobre rodas.

2. Sonhei depois que havia uma epidemia de gripe em Portugal e que à semelhança das avenidas e ruas das cidades portuguesas, que ficam alagadas às primeiras chuvinhas, os hospitais e os centros de saúde ficaram entupidos às primeiras "ondas" de frio. Aqui, na Saúde, entrámos na esfera do pesadelo. Sonhei que a Direcção Geral de Saúde tinha aconselhado as pessoas engripadas a curarem a dita cuja, em casa! Não vão às urgências ou a quaisquer outras unidades de saúde porque isso da gripe não tem cura e só irá contribuir para entupir ainda mais o já entupido e "querido" Sistema Nacional de Saúde e criar a ilusão de que este está à beira dos seus limites. A partir daqui, entrei no reino da fantasia e comecei a imaginar que o neoliberalismo e o economicismo já exercem o seu papel ao nível da percepção médica no tratamento das doenças. Fique lá em casa então, que afinal os médicos não servem para coisa nenhuma. Cure-se a si próprio, se não quer ficar mal perante o próximo, é a nova máxima neoliberal.
Consulte aqui
http://jornal.publico.clix.pt/magoo/noticias.asp?a=2008&m=12&d=28&uid=&id=289523&sid=56673

3. O terceiro sonho, atirou comigo, definitivamente, para o reino da fantasia. O primeiro ministro Sócrates, tal como Deus Nosso Senhor, é Omnipotente, Omnipresente e Omnisciente. Exerceu a sua influência internacional e fez milagrosamente baixar as taxas de juro à habitação. A partir de agora não são os alemães, nem os franceses e muito menos os ingleses, os responsáveis por uma Europa a várias velocidades. É Sócrates, sim, Sócrates, o grande timoneiro da Europa. É ele que faz baixar as taxas de juro à habitação, jamais o Banco Central Europeu.
Consulte aqui
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/pais/Crticas+ao+discurso+de+Jos+Scrates.htm

4. O último sonho da noite foi talvez o mais realista de todos. Sonhei que o mentiroso mais perigoso, é aquele que acredita, nas suas próprias mentiras. Esse, é aquele, que arrasta consigo, todos os outros à sua volta. Esse, é aquele, que de fantasia em fantasia, um dia, nos impedirá a todos de sonhar. Esse é o mais perigoso de todos os mentirosos. De repente, acordei. Tudo não passava de um sonho.

Para mais informação sobre este assunto consulte aqui
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitomania

Bom resto de 2oo8!

1 comentário:

  1. Há dias teria alertado que estava rodeado de um barril de pólvora. Alguém veio agora dizer que, se não forem tomadas medidas esse barril de pólvora vai explodir em 2009. É preciso ser-se muito "inteligente" para só agora chegar a essa conclusão, e não será um sonho não, vai ser bem real, e vão ser os que não têm culpas, que sofrerão as consequências.

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