Aqui fica um resumo da minha participação em Tavira este fim-de-semana:
"A exploração de petróleo e
gás natural no Algarve configura-se como uma mudança paradigmática de
consequências potencialmente catastróficas para o desenvolvimento sustentável
da região. Os contratos já assinados entre as empresas de exploração
petrolífera e o Estado português estão feridos de ilegitimidade democrática uma
vez que foram feitos à revelia e nas costas dos cidadãos residentes no Algarve
sem ter havido quaisquer discussão pública digna desse nome e sem haver conhecimento
da realização de quaisquer estudos imparciais e isentos de impacte ambiental e
social. Os partidos políticos, da esquerda à direita, e os políticos, a nível
local, regional e nacional, com raríssimas excepções, optaram por uma política
de silêncio sobre esta questão, silêncio esse, favorável aos interesses das
empresas multinacionais de exploração de Petróleo. Os riscos potenciais para as
populações e para o território algarvio desmultiplicam-se em várias dimensões.
Riscos ambientais, riscos económicos, riscos sísmicos, riscos sociais. O que
fazer para evitar a catástrofe salvaguardando o futuro das próximas gerações?"
Por João Martins
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