Portugal foi o país da Europa que mais cortes efectuou na despesa social em apenas dois anos (2011 e 2012), tendo reduzido o valor total em 3,7 mil milhões de euros , verba próxima da redução permanente pretendida na despesa pública (4 mil milhões de euros) para 2013 e 2014, de acordo com a edição desta terça-feira do Jornal de Notícias. No entanto, apesar de estar abaixo da média europeia no peso da despesa social em função do Produto Interno Bruto (PIB), o agravamento da recessão parece ter “surpreendido” os planos do Governo e da “troika” para conseguir um Estado mais pequeno. Neste contexto, a sétima avaliação ao programa de ajustamento português, que teve início nesta segunda-feira e se vai prolongar por cerca de duas semanas, pretenderá suavizar esta redução das funções do Estado e, simultaneamente, as metas do programa para a redução do défice público, de forma a que o país não entre numa espiral recessiva e a conter o aumento gradual do desemprego. Segundo o Jornal de Notícias, que cita as últimas previsões da Comissão Europeia, divulgadas na passada sexta-feira, Portugal é mesmo o recordista europeu na redução dos chamados benefícios sociais (em dinheiro) e das transferências sociais (em espécie). A base de dados Ameco indica que, em apenas dois anos (2011 e 2012), Portugal cortou 7,4%, valor que corresponde a 3,7 mil milhões de euros, nesses gastos.
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