Que balanço faz do contacto com o cidadão comum?
A sensação que temos é que a maior parte das pessoas não tem conhecimento do que está acontecer. Por outro lado, há uma grande ignorância, pois o petróleo é associado a uma coisa boa.
É associado a países desenvolvidos. Num contexto de grande crise económica, o petróleo é visto por uma parte da população, como uma possibilidade de nos salvar do desastre.
Além disso, as pessoas têm a percepção que o Estado Português e a região vão ganhar muito com isto. Não compreendem que são duas empresas privadas que vão ficar com a maior parte do bolo.
No entanto, o que acontece na realidade, é que nós corremos o risco de associarmos à dividocracia do presente, a expropriação ecológica da região no futuro.
Então, se a maioria das pessoas considera o petróleo bom, e se os contratos de prospecção e exploração já foram assinados, faz sentido este movimento?
Achamos que tudo isto é demasiado importante. Corremos aqui o risco de deixar às gerações vindouras uma herança muito penosa. Todos vimos a catástrofe recente no golfo do México. Actualmente, há um risco real nas plataformas de petróleo porque existe uma elevada procura, e essa pressão aumenta há medida que ele vai escasseando.
O que é que está aqui a acontecer? Estamos a ver uma aposta num recurso finito que pode provocar sérios problemas imediatos à região. E quando esse recurso se esgotar, as futuras gerações ficam hipotecadas com o que restou dessa indústria obsoleta.
Por outro lado, outro dos maiores problemas com que a humanidade se defronta hoje em dia são as alterações climáticas. Muitos países estão a apostar nas energias renováveis e na redução das emissões de CO2. Nós caminhamos ao contrário. O que queremos são políticas de futuro e não políticas erradas do passado.
Ver mais aqui: http://www.algarve123.com/pt/Artigos/2-1610/Cidadaos_exigem_futuro_sustentavel
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