Ver o espanto e a indignação com o facto de ser André Ventura do Chega o principal protagonista político a dar voz às angustias dos polícias não deixa de ser espantoso. O Governo socialista (que se vangloria das políticas défice zero) e os deputados da Assembleia da República barricaram-se com betão naquela que supostamente deveria ser a casa da democracia. O Jerónimo, a Catarina e os seus fiéis apaniguados continuam com uma brandura candente na contestação às políticas do Eurogrupo, do FMI e do BCE implementadas por Mário Centeno (com a UE insatisfeita com as políticas défice zero e a pedir mais). A direita é um rio de inutilidade incapaz de fazer oposição àquelas que não difeririam muito da sua política austeritária e o Partido Socialista está mais interessado em assegurar as posições da família, dos amigos e das gentes do partido do que em qualquer outra coisa. Não nos admiremos se o Chega cavalgar quase sozinho a onda do descontentamento popular. Depois não se queixem do populismo pois são precisamente estas políticas de desastre que o alimentam. Os polícias têm carradas de razão.
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