Vou-vos dizer que não sei o que é mais deprimente, se a endogamia governativa em alta escala numa estratégia socialista (legitimada pelo resto da geringonça?) que usa o nepotismo para reproduzir o poder político e social se ter um Presidente faz tudo que não entende que a sua função não é fazer projectos-de-lei anti-nepotismo que depois propõe ao governo em funções. O Portugal político é uma coisa absolutamente deprimente para um cidadão que tenha uma mínima noção do que deveria ser o funcionamento de uma democracia. Eça de Queiroz teria um manancial de realidade nos tempos de hoje que elevaria a sua obra decididamente à eternidade. Como já não há Eça resta-nos o Ricardo Araújo Pereira para abanar as consciências adormecidas da nação (que me desculpe o génio do Eça a comparação).
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