Uma palavrinhas sobre o não dito da contestação à exploração de petróleo no Algarve. Por vezes mais importante do que ver as presenças é estar atento ao significado das ausências. Sinais altamente preocupantes. Os deputados do PS eleitos pelo Algarve não abrem o pio sobre a exploração de petróleo no Algarve. O deputado fanfarrão do Bloco de Esquerda que grita a propósito de tudo e de coisa nenhuma está calado e não se ouve actualmente uma palavra de contestação ao furo de Aljezur. E o PCP e Paulo Sá vão fazendo às escondidas perguntas ao governo que não obtém resposta. A RTP que esteve em Loulé até ao momento considera a "reunião histórica" uma não-notícia (o PS é perito no controlo da comunicação social pública) o que é um sinal altamente preocupante. Sabemos também hoje que o Secretário de Estado da Energia mentiu aos portugueses quando disse que todas as providências cautelares anti-petróleo tinham sido indiferidas. Quem o desmentiu foi Jorge Botelho da AMAL que depois de dezenas de dias de omissão decidiu dizer que afinal a providência cautelar interposta pela AMAL está activa. Uma omissão que é uma mentira. Se o dia 22 de Fevereiro de 2018 em Loulé foi considerado por muitos um momento histórico eu recordo que no momento em que se introduziram as portagens na A22 no Algarve ouve tiros e que ainda hoje continuamos a pagar o aumento das portagens levado a cabo pelo actual governo da geringonça. Não, não estou nada optimista.
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