"A política e o espaço democrático estão restringidos a muito poucos. As instituições e os governos que temos não expressam a vontade da grande maioria da população. Do que hoje precisamos é de uma articulação de sectores e grupos que construa uma nova hegemonia que se consubstancie numa prática de emancipação. Nela cabe toda a gente que se cansou de ser roubada e explorada e que não acha natural que quando há dividendos ganham os ricos e quando há prejuízos paguem só os que trabalham e os reformados. A divisão não se faz entre esquerda e direita, mas em sectores que aceitam este regime de negócios e a maioria da população que é vítima deste saque continuado. Não faz nenhum sentido ir para o governo com gente que aceita o Memorando da troika, o Tratado Orçamental, o regime da santificação das negociatas e a expulsão da maioria da população da democracia. Faz todo o sentido expressar do ponto de vista político uma maioria social. Mais que uma mudança de governo, do que precisamos é do fim deste regime de castas, em que política e negócios se confundem e se disfarçam numa alternância de partidos. Basta cumprir a Constituição."
Por Nuno Ramos de Almeida
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