Depois de terem posto a Grécia de rastos para níveis indignos de um país subdesenvolvido condenando milhões de pessoas à pobreza, à miséria e à morte, induzidas estas desgraças pelas suas decisões políticas, alguns responsáveis máximos da Troika vêm agora dizer que provavelmente houve "erros" na concepção do programa da Troika (repare-se que do erro implementacionista passou-se ao erro das inevitabilidades assassinas). Jean Claude Junker e esse galã de olhos azuis (Paul Thompson) que por aí se passeia qual Estela Barbot do género masculino, vêm agora dizer que se apostou demasiado na cobrança de impostos e dever-se-ia ter apostado mais na diminuição da despesa pública. Eu continuo convencidíssimo que estes senhores não sabem nem o que dizem, nem o que fazem e que a jornalista Naomi Klein foi quem viu desde o início o filme todo à distância. Estes novos serial kilers da política vão continuar a passear-se alegremente por aí. O doutor Cavaco há-de andar a dizer que faltou dignidade à austeridade. O doutor Seguro que a austeridade não teve inteligência. E ao comum dos mortais que ainda lhe resta um palmo de testa e dignidade resta fazer uma de duas coisas. Unir-se num acto de resistência contra esta gentinha com o risco de a coisa descambar para uma guerra civil. Ou aprender a gerir a fadiga desta gente entre o ressentimento, o ódio e a capacidade de manter um mínimo de sanidade mental. Para já a marcha a pé do Rossio a São Bento é sempre uma boa terapia. Não perco a esperança de uma dia se fazer história. História essa, à boa maneira islandesa como é bom de fazer.
A foto foi copiada daqui: http://5dias.net/
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