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terça-feira, junho 25, 2024

Servir-Se Do Público

Repartição de finanças de Loulé. Lido à entrada, afixado na porta: - Atendimento presencial com senha até às 12h30mn. Chego ao meio dia. Tiro a senha. Espero até às 12h15mn e vou perguntar se tenho a senha certa. Finanças praticamente vazias, tenho apenas uma pessoa à minha frente. Uma funcionária diz-me que tirei a senha errada mas que na letra que me cabe em sorte o atendimento já está fechado. Digo-lhe que cheguei ao meio dia e que o atendimento presencial é até ao meio dia e meia. Não percebo a recusa. Dizem-me para vir noutro dia e para fazer marcação prévia. Nada funciona neste país. O abuso de poder ao cidadão por parte da autoridade tributária já é uma instituição em Portugal. Fico arrependido de não ter pedido o livro de reclamações. Fica-se com a ideia de que há um aproveitamento claro de se dar prioridade às marcações prévias em detrimento de quem vai ao serviço presencialmente. No limite pode ser um bom motivo para fazer o mínimo possível. Cumprir o papel de funcionário e está feito. A seguir fui à hora de almoço a uma instituição privada cortar o cabelo, perguntei se havia vaga, e cortei o cabelo na altura. A diferença é que o cabeleireiro precisa dos clientes para ganhar a vida. Nas finanças, os utentes parece que vão por ali atrapalhar quem trabalha. Uma cultura de se servir do público substituiu uma cultura de servir o público. Se quiser venha outro dia, desenrasque-se! Pouca coisa funciona bem neste país e isso explica muita coisa.

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