As dores morais que por aí vão pelos Ingleses terem tido a extraordinária coragem de decidir aquilo que acham que é bom para o seu futuro não deixam de ser ridículas. Tudo se passa como se a União Europeia (não confundir com a Europa) não tivesse sido uma construção autoritária, austeritária e opressiva para grande parte dos povos que a habitam e como se a Europa como projecto igualitário e solidário ainda existisse. Ao arrepio da vontade dos povos e em consonância com uma elite ultraminoritária, a UE é um projecto obviamente condenado ao fracasso. Lamentar a saída do Reino Unido da União Europeia num exercício de hipocrisia moral sem sequer perder um minuto a procurar entender as suas causas e motivações é no mínimo ingenuidade. Parabéns aos ingleses que têm a coragem e a determinação de pensar pela sua própria cabeça e decidir do seu caminho. A liberdade também é isso.
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