Hoje foi dia de escola. O meu filho Miguel do 5º A recebeu um manual de Educação Musical com o seu nome. Nuria, 5º F. O pai teve que assinar um papel com ameaças de sansões no caso do Miguel um dia maltratar o manual segundo a definição de maus tratos do regime da geringonça. No meu tempo de escola enquanto criança à saída do regime de Salazar levei pancada na mão esquerda porque era canhoto e tinha que obrigatoriamente, segundo a professora, escrever com a direita. Uma norma aceite sem discussão. Nos dias que correm a ideologia é outra. Os alunos são convidados a não escrever, anotar, sublinhar, desenhar e decorar os manuais. Tudo práticas que poderiam ajudar a desenvolver competências de estudo e de escrita no futuro. Mas o Portugal pobre e as classes médias remediadas não estão em condições de discutir estas coisas. O importante é poupar nos orçamentos que não chegam ao fim do mês e depois ainda entraram em força nas escolas as teorias fundamentalistas dos amigos do PAN. Resta-me ler (sem sublinhar e anotar) as quadras do António Aleixo. Há tanto burro mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência.
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