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domingo, setembro 24, 2017

Da Ausência De Escrutínio Público Das Eleições Autárquicas No Algarve

Algumas notas interessantes sobre as eleições autárquicas no Algarve de que ninguém fala e passam sem escrutínio público. Em primeiro lugar os Deputados da Nação que se candidatam a autarcas. Assim de uma assentada ocorre-me António Eusébio, Deputado do PS, eleito pelo Algarve e candidato à Câmara Municipal de Faro e João Vasconcelos, deputado do Bloco de Esquerda, eleito pelo Algarve e candidato à Câmara Municipal de Portimão. Não se percebe o que faz os senhores deputados a meio do seu mandato decidirem virar as costas aos eleitores que os elegeram a nível nacional e passarem de repente a quererem ser eleitos nas autarquias. Tudo se passa como se os partidos não tivessem mais ninguém para proporem como representantes nas suas terras. Um atestado de incompetência passado às gentes dos partidos e pouco democrático do ponto de vista do aumento das oportunidades de participação política dentro dos partidos. Em segundo lugar, os candidatos a contas com a justiça. Casos por exemplo de Cristóvão Norte, deputado da nação e candidato à Câmara Municipal de Faro, arguido no caso GALP, uma das empresas que quer explorar petróleo no Algarve, ao largo da Costa Vicentina, em Aljezur e do próprio Presidente da Câmara Municipal de Aljezur, candidato a esta mesma Câmara Municipal e já condenado pela justiça (recorreu de novo aos tribunais). Em qualquer destas questões o que não se percebe é o silêncio dos media da região e a sua manifesta ausência de escrutínio público assim como a já conhecida e histórica tolerância ao "rouba mas faz". Nem os deputados da Nação que concorrem às autarquias a meio do mandato, nem os candidatos a autarcas que estão a contas com a justiça, fazem muito para restabelecer a confiança dos cidadãos nos políticos. Não há sinais de mudança por muito que os políticos recorram frequentemente à palavra confiança.

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