Sobre A Reserva Imobiliária Da Foz Do Almargem

 Assembleia Municipal de Loulé – Foz do Almargem

16 de junho de 2025 (João Eduardo Martins)

Começo por cumprimentar o senhor Presidente da Assembleia Municipal de Loulé. A razão que me traz cá hoje é novamente o atentado ambiental na Reserva Natural da Foz do Almargem. Na última Assembleia Municipal tive o prazer de estar nesta casa da democracia em Loulé e ao meu pedido de esclarecimentos ouvir um vereador do executivo municipal, com pouco mais que a 4ª classe, sugerir que eu não saberia do que falava e andaria por aí a confundir as pessoas.

Não bastando isso, convocou de imediato a novilíngua socialista tão cara aos tempos que correm, não só para omitir mas também mentir, em relação ao que se está a passar na Reserva Natural da Foz do Almargem, dizendo tratar-se apenas da construção de um apoio de praia e de um parque de estacionamento.

Já não bastava o candidato socialista à CML Telmo Pinto usar da palavra para fazer ataques de carácter aos cidadãos de Loulé que aqui vêm, sem ter uma única palavra para o território que seria suposto defender.

Dito isto, vou fazer as questões que me trazem hoje aqui na procura de maiores esclarecimentos, agora em modo polígrafo, uma vez que não é possível confiar neste executivo municipal e nos seus atores.

1. Está ou não está a ser construído um restaurante em cima de uma arriba em alta erosão a poucos metros da areia da praia?

2. Entrou algum projeto na CML para construir um aparthotel ou um hotel na Reserva Natural da Foz do Almargem?

3. Está ou não aprovado um hotel/aparhotel na Reserva Natural da Foz do Almargem?

4. A ser verdade que está aprovado um hotel/aparhotel na Reserva Natural da Foz do Almargem quem é o seu proprietário?

5. Por último, perguntar se o executivo municipal na pessoa do senhor Presidente da Câmara Municipal de Loulé acha aceitável construir hotéis a poucos metros da praia em cima de uma Reserva Natural e se não será melhor alterar a designação da Reserva Natural para Reserva Imobiliária da Foz do Almargem?

Obrigado.

João Eduardo Martins

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Sobre o Predador Aleixo E A Reserva Natural Da Foz Do Almargem

"Ora, antes de entrar concretamente no "Caso Almargem - Trafal" queria deixar claro que os autarcas são fieis depositários do território e como qualquer bom fiel depositário devem cuidar e manter aquilo que está a seu cargo. Devem cuidar que, aquilo que foi entregue à sua guarda, não desapareça e não fique de tal modo danificado que fique imprestável e deixe de puder ser usado para o objectivo com que foi criado. Mas mais. Como se trata de território e como o território não desaparece fisicamente, está cá hoje e estará cá daqui a 100 anos, pelo que os autarcas, para além de fiéis depositários de território, são fieis depositários das aspirações que as gerações vindouras têm ou poderão ter sob um determinado território. Por isso é que quando surgem casos como o "Caso Almargem - Trafal", o dano é tremendo, porque não só se danifica o património natural hoje, como se destrói as aspirações das gerações futuras sob esse mesmo território. É isso que está sucedendo em plena reserva natural local da foz do Almargem e do Trafal."

https://ruiamores.substack.com/p/para-que-criar-uma-reserva-natural?

Salvo Pelos Emigrantes

O contexto social e político é propício a partilhar este estado de alma que me assola há vários anos. Nascido e criado em Loulé, sou hoje um estrangeiro na minha própria terra. Sobretudo desde a intervenção da Troika em Portugal e do vandalismo político que a caracterizou quando organizei e participei em várias formas de manifestação política contra as atrocidades dos poderes nacionais, regionais e locais instalados, quer à direita quer à esquerda. O fato de dizer o que penso na praça pública (e nas redes sociais) custou-me a ostracização e o desprezo do pessoal político do Concelho de Loulé (de todos os partidos, e claro dos seus subsídio-dependentes, dos familiares e membros do partido). Difamado e ostracizado intencionalmente (com objectivos políticos) perdi resmas de amigos da juventude e de infância, uns por pura ignorância (o gajo protesta porquê? Está maluco?), outros por maledicência e inveja, outros por subserviência e cobardia (não vá o diabo tece-las é melhor fazer de conta que não conheço esse gajo). Fui salvo no meu bem-estar em Loulé pelos emigrantes. Vou à pastelaria e sou atendido pela moldava que me atende com a maior competência e simpatia. Vou atestar à bomba de gasolina e sou atendido por um brasileiro com o respeito que qualquer cliente merece. Vou ao Mar Shopping e uma africana atende-me com um sorriso nos lábios. Em qualquer lado que vou sou bem tratado pelos desconhecidos de fora. Sobre os louletanos, com raras excepções, não os tenho em boa conta. Sisudos, conservadores, mesquinhos, invejosos, com a mania das grandezas, meio estupidificados e ignorantes em muitas das situações e com a doença do "ser de boas famílias" (tipicamente socialista), não geram tendencialmente interações que considere gratificantes. Sempre fui reconhecido por tudo o que fiz na minha vida fora de Loulé e globalmente, fora do Algarve. O paroquialismo saloio parece impedir o reconhecimento do outro na sua dignidade e na sua condição plena de ser humano. Uma terra bonita com gente muito pouco bonita. É pena. Fui salvo pelos emigrantes. Obrigado.

10 de Junho A Cheirar A Bafio

10 de junho. Nem o Partido Socialista nem a elite no poder, Marcelo e a escritora do regime socialista incluídos, perceberam ainda que o discurso de condenação moral sobre o Chega é a pior forma de combater o Chega. Mas percebe-se, é a única forma de tranquilizarem as suas consciências e fazerem de conta que não têm responsabilidade alguma no estado a que isto chegou. Em vez de discursarem sobre as causas preferem atacar os sintomas. Não há pior forma de medicina. Ventura fica feliz e agradece.

Cordão Humano Em Defesa Da Foz do Almargem, Sábado, 28 de Junho, 17 horas

Cordão Humano em Defesa da Reserva Natural da Foz do Almargem, Sábado, dia 28 de Junho de 2025, pelas 17 horas. A Câmara Municipal de Loulé e o Presidente Vítor Aleixo licenciaram obras em cima da praia da Foz do Almargem que são uma perfeita aberração e um atentado ambiental grosseiro ao ecossistema de Reserva Natural da Foz do Almargem, o que se constitui como um péssimo exemplo de educação ambiental para as jovens gerações e como um absurdo face a uma qualquer estratégia de adaptação às alterações climáticas numa zona em que a água do mar subiu dezenas de metros só este ano de 2025. Para além disso Aleixo e Pinto estão a promover a especulação imobiliária numa Reserva Natural Ambiental com a construção de um restaurante em cima da praia, um hotel e um parque de estacionamento. Porque consideramos que é preciso parar imediatamente e embargar as obras, proteger a Reserva Natural da Foz do Almargem dos abutres da especulação imobiliária e dos seus defensores políticos, apelamos a todos os que defendem esta causa para comparecerem no Sábado, dia 28 de Junho, pelas 17 horas, para fazermos um cordão humano na praia! Juntemo-nos mais uma vez! Temos que mostrar a esta gente que nos (des) governa que não podem fazer tudo o que querem de forma arbitrária!