5 de Outubro de 2018

5 de outubro de 2018. A República está doente. Está de volta o sentimento da claustrofobia democrática. Não se respira na sociedade portuguesa. Sente-se o cheiro da putrefaçção democrática no ar. Não se dá um passo sem a anuência das elites que controlam o regime. A justiça é alvo de controlo pelo PS, pelo senhor Primeiro-Ministro e pelo Senhor Presidente da República. Os meios de comunicação social fazem o escrutínio possível quando o medo e os interesses de certos negócios poderosos não chega para os impedir de escrutinar. Os militares são enxovalhados pelo poder político e o poder político enxovalhado pelos militares. A GALP governa a partir do Ministério do Mar e submete as principais instituições da República aos seus interesses da ganância e do dinheiro. A igualdade de oportunidades e a meritocracia é uma miragem. A cidadania quase inexistente quando praticada ou é castrada ou subjugada aos interesses partidários. A responsabilidade política não existe. A democracia definha. A mentira política ganha contornos de verdade e a verdade passou a ser quase sempre uma possível mentira. Os partidos da esquerda subordinaram-se às políticas da direita e a direita deixou de fazer oposição. O regime apodrece no Tempo que se queria Novo e que não passa de roupagem disfarçada do tempo velho para que se mude qualquer coisinha para que tudo fique na mesma. Portugal é hoje isto. Não se recomenda.