Exmos senhores jornalistas,
O Movimento em Defesa dos Doentes com Cancro do Algarve (MDDCA) informa que vai levar a cabo uma vigília de protesto, dia 28 de Janeiro de 2023,
Entrega de uma carta de demissão popular ao Conselho de Administração do Hospital de Faro (CHUA). Ana varges Gomes, Rua!
O Movimento Em Defesa dos Doentes com Cancro do Algarve (MDDCA) informa que vai estar numa vigília de protesto à porta do Hospital de Faro (CHUA), Sábado, dia 28 de janeiro, pelas 16 horas, para exigir a demissão de Ana Varges Gomes, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Faro e entregar uma carta de demissão popular no gabinete da Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve. A incapacidade gestionária do Diretor Clínico do Hospital de Faro (CHUA) e da Presidente do Conselho de Administração, Ana Varges Gomes, na gestão da saúde pública da região do Algarve que levou ao inacreditável envio dos doentes com cancro do Algarve para Espanha onde são tratados com tratamentos agressivos a centenas de quilómetros de distância da sua região de residência, numa empresa privada, entregues nas mãos do mercado, quando há uma alternativa de qualidade em Faro.
Doentes que são encontrados mortos e abandonados na casa de banho das urgências do hospital. Troca de corpos na morgue do hospital. Corpos cremados sem a autorização das famílias. Doentes mentais que estão impedidos de ser acompanhados pelos seus familiares ao Hospital e que desaparecem das Urgências do Hospital de Faro por mais de vinte dias sem a administração do hospital ver nisso um problema. Blocos de Partos fechados no Ano Novo. Serviços de Urgência de Pediatria encerrados no Natal. Enfermeiros descontentes com a administração e médicos em falta quase todas as semanas. As incompetências gestionárias não têm conta e só a proteção do Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, mantém uma administração que traz um grave prejuízo à saúde de todos os algarvios.
Da audição, no dia 18 de Janeiro de 2023, na Assembleia da República, da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), sobre o abandono e a expulsão dos doentes com cancro do Algarve pelo Estado e pelo Governo português, para uma multinacional privada espanhola, em Sevilha, ficámos a saber uma situação que confere uma gravidade extraordinária, de que esta entidade reguladora (ERS) não pode intervir, regular e fiscalizar, na empresa de saúde espanhola que presta os tratamentos dos doentes com cancro do Algarve, porque não tem capacidade jurídica para o fazer. Ou seja, a ERS não tem maneira de verificar da qualidade dos tratamentos que são feitos em Espanha e de intervir em prole da defesa dos doentes quando as coisas correm mal na sua prestação de saúde.
A pergunta que o Movimento em Defesa dos Doentes com Cancro do Algarve (MDDCA) faz desde já, ao senhor Ministro da Saúde, Manuel Pizarro e ao senhor Diretor Executivo do SNS, Fernando Araújo, é se isto lhes parece aceitável e se não lhes parece que este contrato público internacional (cuja figura jurídica se desconhece) não tem que ser imediatamente anulado, em nome do riscos que os doentes já correm por navegarem na quase total ausência de controlo da prestação de serviços da multinacional da saúde espanhola e que não estão a ser cobertos pelo Estado português?
O Movimento em Defesa dos Doentes com Cancro do Algarve (MDDCA) exige o cancelamento imediato do concurso público internacional que levou à decisão da Administração do CHUA de enviar os doentes com cancro para tratamento para fora do território nacional, obrigando-os a fazer centenas de quilómetros para terem acesso aos seus tratamentos oncológicos, exige uma auditoria por parte da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) aos concursos de radioterapia e radiocirurgia levados a cabo pelo CHUA nos anos transatos e lamenta ainda a inação do Ministro da Saúde face à demissão do Estado Português das políticas públicas de combate ao cancro para a região do Algarve, quer para os adultos, quer para as crianças e os jovens que são afetados por esta doença e está pasmado com o silêncio do novo Diretor Executivo do SNS, Fernando Araújo, que parece entender que as políticas saúde só devem servir o território nacional de Lisboa até Bragança. O Movimento em Defesa dos Doentes Com Cancro do Algarve apela a todos os algarvios que ergam a sua voz, se mobilizem, para que se inverta a degradação dos serviços de saúde prestados no Algarve, a sua captura pelo sector privado da saúde internacional e o abandono a que o Governo português dotou os algarvios.
Loulé 19 de Janeiro, de 2023
Movimento em Defesa dos Doentes Com Cancro do Algarve
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