A minha Lista de blogues

sábado, março 30, 2024

Governo Novo, Vida Velha

Já há novo Governo e novos Ministérios, falta ainda saber-se quais os Secretários de Estado. Algumas coisas já se podem dizer. A primeira estupefação é o Ministro da Educação. Um economista especializado em macroeconomia sem o mínimo conhecimento, estudo e preparação das questões da educação e do sistema educativo. Se a escolha foi de alguém que sabe apenas fazer contas para contabilizar a devolução do dinheiro aos professores então vamos ter um desastre na educação nacional. Suspeito que está de regresso o célebre ajustamento da educação às "necessidades da economia". O Ensino Superior desprezado pelo Governo de António Costa, subfinanciado e com os professores com uma perda de poder de compra abissal foi agora despromovido de Ministério para outra coisa qualquer. Na educação e no Ensino Superior a ignorância demonstrada por Luís Montenegro é brutal. Outra questão interessante foi Montenegro rodear-se dos opositores internos. Para um Governo fraco à partida não há lugar para dissensões. É preciso cerrar fileiras. Para os Algarvios o flop eleitoral Miguel Pinto Luz, que se aproveitou do Algarve e dos Algarvios para chegar a deputado e a ministro das infraestruturas e da habitação não há segundas oportunidades. Os Algarvios exigem-lhe o novo Hospital Central do Algarve, o Centro Oncológico, a eliminação das portagens da Via do Infante e uma política de habitação condigna. É o mínimo que se lhe pode exigir. Se não concretizar estas expetativas, olho da rua mais cedo que tarde. Venham outros que os eleitores antes de mais nada são cidadãos que já não toleram serem comidos por um quaisquer burguesinho de Cascais.

https://www.dn.pt/7810321884/perfis-dn-conheca-melhor-os-17-ministros-de-montenegro/

Todas as reaçõ

terça-feira, março 26, 2024

Excesso De Estado De Negação

É inacreditável como os jornalistas do poder e boa parte dos orgãos de comunicação social continuam totalmente controlados em Portugal ao serviço do Partido Socialista. Ao apresentar acriticamente o "excedente orçamental" sem se perguntarem à custa da vida de quem, os meios de comunicação social com raras excepções, mais não fazem do que o discurso do Governo Socialista que foi recentemente varrido do poder (o que não deixa de ser espantoso). Sem professores nas escolas, sem médicos nos hospitais, com os polícias e os militares nas ruas e etc, etc, etc, com uma carga de impostos insana, o Partido Socialista via controlo de grande parte dos meios de comunicação social continua a fazer as loas das políticas austeritárias que o fizeram varrer do poder. Ou seja, não perceberam nada do que se passou e estão em estado de negação. Não se admirem de um dia destes vermos André Ventura sentado na cadeira do poder.

https://www.publico.pt/2024/03/25/economia/noticia/excedente-orcamental-chega-12-pib-2023-2084771

quarta-feira, março 20, 2024

Ensaio Sobre A Lucidez

Há mais de uma década que não punha os pés numa urna de voto. Faço parte dos eleitores zangados a quem o sistema político voltou as costas. Como o meu filho mais velho foi votar pela primeira vez porque atingiu a maioridade fiquei indeciso se não deveria dar o exemplo. Portanto, fiz parte dos indecisos. A minha indecisão era entre a abstenção e o voto em branco. Na semana anterior às eleições legislativas de 2024 fui à prateleira dos livros (não encontrei dinheiro infelizmente) propositadamente para ir buscar o Ensaio Sobre a Lucidez de José Saramago. Para quem não sabe o argumentário de Saramago neste livro é sobre uma população que sai em massa às urnas para votar em branco. O governo da nação fica em estado de transe e decreta o Estado de Sítio. No Algarve, os leitores trocaram o voto em branco do livro de Saramago pelo voto no Chega. A intuição de Saramago já lá estava. Um sistema político que deixou de responder às necessidades e expetativas dos cidadãos. Aparentemente AD e PS continuam em estado de negação e ainda não perceberam o que aconteceu. Se o Governo cair em breve não se admirem se o Chega quase engolir a AD. Para a minha pessoa, estas eleições já valeram pela leitura do livro.



sábado, março 16, 2024

A Sociologia Dinamizada Pelos Estudantes De Sociologia Da Universidade Do Algarve

Estudantes da Universidade do Algarve, em nota enviada ao diariOnline Região Sul, acabam de anunciar a realização do Encontro Nacional de Estudantes de Sociologia (ENES) 2024, que terá lugar de 3 a 6 de abril sob o tema "Portugal Global: de onde viemos e para onde vamos”, onde irá ser feita uma retrospetiva e celebração dos primeiros 50 anos de democracia e uma prospetiva das próximas décadas. Este evento de 3 a 6 de abril, terá lugar na cidade de Faro e na Universidade de Gambelas, na Faculdade de Economia, e reunirá estudantes, professores e amantes da área da sociologia e público geral de todo o país para discutir questões emergentes da sociedade contemporânea.

https://regiao-sul.pt/sociedade/enes-2024-encontro-nacional-de-estudantes-de-sociologia-na-ualg/660612

terça-feira, março 12, 2024

Sobre O Crescimento Do Chega No Algarve

«Aqui no Algarve o PS tem dominado nos últimos anos e há uma série de expectativas de vida da população que não foram satisfeitas. A saúde degradou-se a um ponto quase inimaginável, com a falta de médicos nos hospitais, com a urgência de Pediatria a fechar semana sim, semana não, a funcionar em Portimão numa semana, a funcionar em Faro noutra semana, e a Obstetrícia a mesma coisa», observou. Além de um serviço de saúde «muito degradado», os algarvios têm-se deparado com «falta de professores, falta de respostas na habitação, o aumento do custo de vida associado ao disparar da inflação, salários baixos, precariedade e desemprego associado ao principal setor da atividade que é o turismo e três crises económicas brutais desde o início do século XXI», exemplificou ainda o professor universitário. "A estes fatores juntou-se ainda, segundo João Eduardo Martins, «um certo autismo» do PS no Algarve, onde «não deu resposta às exigências das populações» em áreas como a Saúde ou as portagens da Via do Infante (A22). «Há aqui um conjunto de insatisfações múltiplas que o Chega soube potencializar», justificou, sublinhando que o partido liderado por André Ventura «substituiu os tradicionais partidos de protesto» como o BE e o PCP, que «deixaram de ocupar a rua no protesto» e «o Chega foi ocupando esse espaço». João Eduardo Martins considerou ainda que o PS acabou por ser penalizado como «grande partido de poder dos últimos anos» no Algarve. «Nas últimas eleições, o mapa do Algarve estava todo pintado de cor-de-rosa e houve aqui um certo deslumbramento com o poder, no sentido de um certo nepotismo, inclusivamente, partidário, clientelar e até familiar. E isso também ajudou o Chega neste discurso de nós contra eles», sustentou."

https://www.barlavento.pt/politica/sociologo-diz-que-vitoria-estrondosa-do-chega-e-voto-de-descontentes

domingo, março 10, 2024

Terramoto de Grau 12 Na Escala de Richter No Algarve

É só para avisar que há um terramoto grau 12 na escala de Richter no Algarve. O Chega ficou em primeiro lugar no Algarve e em Loulé e etc. Uma lição brutal para o nepotismo familiar e partidário do Partido Socialista e para as esquerdas submissas que lhes deram suporte. Tenho dúvidas de que aprendam alguma coisa, raramente aprendem. Oito anos de inação política e a repartir prebendas para os amigos, o partido e a família, deu nisto.

sábado, março 09, 2024

Sociologia no Algarve, O Trabalho Em Discussão - 11 de Março de 2024

Segunda-Feira, 11 de Março, às 17h30, mais uma palestra de excelência na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve organizada no âmbito da licenciatura em Sociologia e do Núcleo de Estudantes de Sociologia da FEUALG. A acompanhar através do link do cartaz. O convidado é o sociólogo César Morais da FCSH da Universidade Nova de Lisboa.

terça-feira, março 05, 2024

Jornal Público de 05 de Março de 2024

Extraordinária edição do Jornal Público de hoje, dia 05/03/2024, de longe a melhor edição dos últimos anos, naquele que já foi o meu jornal de eleição e que caiu tendencialmente nas garras do socialismo, perdendo a sua independência. Esta edição foi de autoria da escritora e jornalista convidada, Maria Teresa Horta, a única das três Marias (das Novas Cartas Portuguesas) ainda viva e resultou numa extraordinária edição sobre as desigualdades de género. A entrevista à própria Maria Teresa Horta é magistral. Uma edição a não perder.




sexta-feira, março 01, 2024

A Política Tem Horror Ao Vazio

 “No Algarve, o Chega veio ocupar um espaço meio esvaziado, desde o Governo da ‘geringonça’, em que PCP e Bloco de Esquerda foram sustentáculos do Governo de António Costa”, refere, ao Expresso, João Eduardo Martins, professor de Sociologia da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve e investigador no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova. “O descontentamento social e um certo ressentimento que se instalou na sociedade, associados, por um lado, às consequências da crise económica e social, e, por outro, ao facto dos partidos do arco da governação não darem respostas aos problemas, expectativas e necessidades das populações, levou a que fosse o Chega a dar voz aos descontentes”

https://expresso.pt/politica/eleicoes/legislativas-2024/2024-02-29-O-Algarve-foi-afastado-do-centro-politico---como-o-Chega-cresceu-e-ja-disputa-o-primeiro-lugar-a-sul-2e849fb5?

Sobre O Chega No Algarve

Durante anos evitei falar do Chega neste blogue e no meu facebook. Era de opinião e continua a ser que dar palco ao Chega é meio caminho andado para o fazer crescer. Partidos que fazem política com a xenofobia e o racismo não entram na minha publicidade gratuita. O descontentamento social e o ressentimento com o estado a que isto chegou faz o resto. O nepotismo familiar e partidário do PS no Algarve em muito contribuiu para isso também. Por razões institucionais anui a dar a minha opinião como cientista social (apesar de não ser especialista na matéria) sobre o crescimento do Chega no Algarve, que parece estar a atingir valores que está a assustar o mainstream político das esquerdas. Lá dei a minha opinião sobre o assunto para o jornal Expresso, que mobilizando algumas poucas passagens das minhas ideias, acabou por me chamar José Martins. Menos mal, já me chamaram coisas piores e é um claro sinal da minha insignificância (não vivesse eu na periferia algarvia). Sobre o Chega se querem a minha opinião, se querem travar o crescimento da direita radical populista, experimentem deixá-la governar...eu sei que vai doer bastante...mas é talvez a melhor maneira.

https://expresso.pt/politica/eleicoes/legislativas-2024/2024-02-29-O-Algarve-foi-afastado-do-centro-politico---como-o-Chega-cresceu-e-ja-disputa-o-primeiro-lugar-a-sul-2e849fb5