Vamos acompanhar com muita atenção. Para já a intenção é boa. Vê-se que o projeto parte de um papel em branco. Agora é preciso investimento, recursos humanos altamente especializados, tecnológicos e logísticos, constituição de equipas multidisciplinares, mobilização dos atores públicos e privados da região (não vejo como fugir a isto atendendo à escassez de recursos) e se houver inteligência que vá para lá do paradigma biomédico e das estratégias do poder médico (talvez o mais difícil) ouvir os doentes, as famílias e as associações de doentes. A haver vontade política, era um salto qualitativo na saúde do Algarve e na dignidade do tratamento dos doentes. Vamos ver se não é, apenas e só, mais um efeito de anúncio para calar a contestação social. Para já os doentes com cancro do Algarve continuam a ser tratados em Espanha, sem que Entidade Regulador da Saúde possa intervir e fiscalizar a qualidade dos tratamentos, e no CHUA, as listas de espera para o bloco operatório, estão a colocar em risco a vida e a sobrevivência dos doentes. O que é gravíssimo e deve ter uma intervenção imediata das entidades fiscalizadoras e reguladoras.
https://www.noticiasaominuto.com/pais/2296739/algarve-vai-ter-centro-oncologico-de-referencia-para-trazer-comodidade
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