O chef Ljubomir foi acusado de corrupção por ter oferecido umas garrafas de bebida à polícia para poder "furar" o confinamento. A imprensa de serviço ao poder fez questão de recuperar esse facto no contexto em que o chef fazia greve de fome em frente à Assembleia da República sendo um dos líderes do movimento a pão e àgua que tem protestado junto do Governo do Dr. Costa por mais apoios para a restauração, altamente penalizada pela pandemia. Para equilibrar o jogo era bom que a imprensa de serviço fosse buscar as suspeitas de corrupção que atingem o Ministro da Economia Pedro Silva Vieira e já agora do inenarrável João Galamba (um dos mais fervorosos boys de Sócrates). Não se fazia assim jornalismo tendencioso e capturado pelo Governo e fazia-se serviço público escrutinando o Governo, fazendo saber à opinião pública como se encontra a investigação na justiça sobre as negociatas do hidrogénio. Serviço público que alguns jornais e jornalistas de serviço ao poder teimam em não fazer. Entre a alta corrupção de Estado e a pequena corrupção de meia dezena de garrafas de vinho, o que vale jornalisticamente?
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