Estes últimos dias têm sido pródigos em duas coisas. Por um lado, a impunidade máxima dos políticos da nação, com o Presidente sem vergonha das selfies, Marcelo Rebelo de Sousa, catedrático de Direito, a pressionar de forma vergonhosa a Direcção-Geral de Saúde liderada pela Dr. Graça Freitas, para vacinar as crianças menores de 15 anos, contra os pareceres técnico-científicos da Comissão Técnica de Vacinação. Por outro lado, o descrédito total da Direção-Geral de Saúde e da Dr. Graça Freitas (já restava pouco da sua credibilidade) que depois de ter dito que não à vacinação das crianças menores de 15 anos, cedeu à pressão política de Marcelo Rebelo de Sousa, que invocou a necessidade de vacinação por motivos "educativos" que têm que ver com o regresso à escola. É claro que as verdadeiras razões prendem-se com o capitalismo que agora se alimenta de cadáveres e que não pode deixar de funcionar e que tem em Marcelo e Costa os seus principais defensores. Também já não se aguenta o discurso desse tolo que por acaso é presidente da confederação de pais e que se arvora a falar em nome de todos os pais como se de facto os representasse. Fala de escola, obviamente, ignorando a questão científica relativa à saúde das nossas crianças. Se queríamos uma amostra do Portugal terceiro-mundista e pré-científico, é isto. E a passividade cidadã arrepia.
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