Recuperemos os factos porque a memória pública é curta. Em vésperas das eleições autárquicas que decorreram a 26 de setembro de 2021, o senhor Primeiro-Ministro António Costa anunciou aos portugueses de forma incompetente e irresponsável a "libertação da sociedade" fazendo passar a percepção pública que a vacinação global da população equivaleria à imunidade e portanto, ao controlo da pandemia. Num congresso recente do Partido Socialista, o Dr. Costa foi ao ponto de afirmar que o PS ganhou a luta contra a pandemia. Do lado da comunicação social, o período entre as vésperas das eleições e a queda do Governo do Dr. Costa foi a mais completa pouca vergonha. Deixaram de haver notícias sobre a situação da pandemia (com raríssimas excepções) nos países estrangeiros, isto enquanto em Israel, um país altamente vacinado, a pandemia disparava, acontecendo o mesmo em Inglaterra onde Boris Johnson também "libertou a sociedade". O mais espantoso foi que a maior parte dos especialistas em vírus em Portugal acompanhou o raciocínio do Governo socialista e tudo se passou como se a pandemia estivesse em vias de terminar. Dá que pensar a forma como o pensamento político dominante em Portugal filtra a realidade de tal forma que a impede de fazer uma análise clara e realista da situação pandémica de facto. Marta Temido e Lacerda Sales já põem a hipótese de voltarmos ao confinamento em Portugal. Tudo nas barbas e com a maior passividade dos portugueses. Dá que pensar.
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