Uma economista meio desconcertada com a crise pandémica e com fácil acesso ao palco mediático já inventou um novo nome para a austeridade que se adivinha, a "burguesia do teletrabalho" que pague a crise. Amalgamando uma série de condições e situações sociais debaixo do mesmo chavão, não lhe ocorre que o que está a pedir é que a esmifrada classe média pague a crise. Também não lhe ocorreu canalizar os milhares de milhões de euros que as classes populares e as classes intermédias transferiram para a banca falida e corrupta na última década, para os destinatários que a salvaram. Não lhe ocorre que os milhões de euros que o Governo do Dr. Costa esbanja na TAP servissem para salvar as classes populares da miséria devido à crise pandémica e à inacção do Dr. Costa, que acha que o Estado Social não é para ativar a sério nestas alturas de emergência social. Quanto à bazuca, a Doutora Peralta também não lhe ocorre que de início a bazuca foi propagandeada pelo Governo Socialista como sendo primordial para fazer face à catástrofe da pandemia e um ano depois não passa de verborreia fantasmática para português ver. A solução fácil da Doutora Peralta é esmifrar as classes intermédias já diariamente esmifradas. Fácil, barato e resolve o assunto. Já não bastava as iniciativas disparatadas da Doutora Peralta a querer desconfinar as escolas por ela acha que sim, independentemente da situação pandémica, tinhamos agora que levar com esta obra de arte.
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