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segunda-feira, fevereiro 15, 2021

Ensino À Distância Em Tempos De Pandemia, Parte II

E chegámos ao final da primeira semana do ensino à distância desta nova jornada de confinamento. Algumas diferenças e semelhanças em relação ao confinamento de Março de 2020 para o Ensino Básico e Secundário a partir da experiência cá de casa. Ensino Básico, 6º ano, os professores provavelmente aprenderam com a primeira experiência do ensino à distância e conseguem um equilíbrio que me parece adequado entre aulas síncronas (dadas pelos professores) e assíncronas (trabalho autónomo à distância). A distribuição de tarefas parece ser equilibrada entre as diferentes disciplinas e os prazos de realização das tarefas são aceitáveis. Não há sufoco e as crianças confinadas, podem sobreviver com algum tempo para respirar, tempo para algum tempo de vida dentro de casa. Ensino secundário, 10º ano, parece haver um claro caminho a percorrer na aprendizagem do ensinar à distância. Uma coisa bem feita foi a significativa redução da carga horária síncrona (aulas dadas pelos professores) mas o trabalho autónomo, com a quantidade de trabalhos em simultâneo, para prazos curtos e quase todos idênticos (semanais), deixa os alunos e as famílias à beira de um ataque de nervos. Parece haver uma certa reprodução do paradigma da escola tradicional para o ensino à distância que não me parece ser a melhor forma de fazer o ensino à distância. Boas decisões para os diferentes níveis de ensino.: -Ter aulas à distancia dadas pelos professores (aulas síncronas), o que foi barbaramente interdito no primeiro confinamento por determinados sectores da educação que em nome do respeito pela privacidade prejudicaram gravemente a aprendizagem dos alunos. Uma última nota para o senhor Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a sua única preocupação foi com o empurrar o calendário escolar para a frente, mantendo a forma escolar tradicionalista, e reduzindo os dias de férias no Carnaval e na Páscoa, como se a aprendizagem dos alunos se fizesse apenas a pensar na quantidade de matéria lecionada e nas métricas da avaliação. De Fevereiro a Junho, com grande parte do tempo escolar em confinamento, é surreal pensar como se os alunos e as famílias não estivessem exaustos e em grande sofrimento face ao confinamento. Um Ministro da Educação com uma enorme falta de bom senso e com a escola-fábrica como modelo metida dentro da sua cabeça. Quanto à relação do ensino à distância com os alunos com necessidades educativas especiais, nada foi pensado, um vazio.

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