Esta semana foi fértil em desorientação governativa e institucional pandémica. Começou com o Senhor Presidente da República em estado de negação "comigo já não se volta para trás". Passado umas dezenas de horas o Governo do Dr. Costa decretava o cerco à cidade de Lisboa. Em Lisboa, ao fim-de-semana, ninguém entra e ninguém sai. Depois continuou com a segunda figura de Estado, o prepotente Ferro Rodrigues "Todos em massa para Sevilha". Não indo a Sevilha, mas mandando os portugueses a sul rumarem a Sevilha, viu logo a seguir, o Governo PS, via Administração Regional de Saúde mandar fechar as escolas em cinco concelhos do Algarve. Esteve bem a Delegada Regional de Saúde que vendo a gravidade da situação decidiu travar o alastramento dos contágios. Esteve mal porque andou juntamente com as escolas a ocultar à comunidade o que lá se passou nas últimas semanas e quando a coisa descontrolou informou as famílias ao Domingo à noite enquanto Portugal jogava em Sevilha. Se no Governo é o completo desnorte, os autarcas do Algarve, o PSD, o PCP e a Iniciativa Liberal ainda estão mais desnorteados que o desnorte do Governo. Recusam a pandemia e o confinamento, ponto final. O estado de negação da oposição é ainda muito superior ao do Governo. Os cidadãos andam ao sabor da máxima incompetência partilhada do poder e da oposição e não há meio de se aprender com os erros do passado. Os responsáveis institucionais tomam as suas decisões em função dos seus desejos e interesses em vez de reconhecerem a realidade dos factos. Ora fazer passar os desejos por realidade nunca deu bom resultado. Não está a dar e é o que se vê a olho nu. Vale a pena perguntar, políticos para quê?
https://www.dn.pt/sociedade/algarve-com-32-surtos-ativos-e-escolas-com-o-maior-numero-de-casos-13887776.html
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