O ataque dos vampiros é brutal e vem de todos os lados. A arraia miúda vai vivendo no desenrascanço (quando não passa fome). As classes intermédias, em boa parte, fazem de conta que não estão a empobrecer compulsivamente e vão tentando salvar as aparências (qualquer dia aparece por aí uma marmita distintiva). A burguesia, boa parte, indiferente à miséria que grassa e à morte da democracia, colabora ostensivamente com a desgraça. Entre os que comem tudo e os que já não comem nada, os colaboracionistas são ainda quem mais ordena. É preciso um tacho. Um emprego para o filho. Uma esperança de promoção no partido. O financiamento de um projecto. Um lugar na nova aristocracia da corte partidária. Ai, Portugal, Portugal, do que é que estás à espera?
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